moneyball (2011)

moneyball 
133'

ano: 2011
realizador: bennett miller
starring: brad pitt & jonah hill
imdb: 7,8

basebol. um desporto que não está no nosso quotidiano português. um desporto que já vimos tantas vezes impulsionar os corações dos americanos, como o futebol faz com os nossos. e, aqui ficamos: um desporto. 

o filme decide trazer um novo conceito que foi utilizado por billy beane's na temporada de 2002 em que utiliza o modelo matemático automatizado que permite avaliar os jogadores numericamente. o que é que este modelo traz de novo ao desporto tal como o conhecemos hoje? primeiro, o modelo permite avaliar os jogadores tendo em conta todos os dados que são necessários para poder avaliar imparcialmente, o que acaba por eliminar muita parcialidade que costuma existir. no entanto é mais que isso, o programa tenta optimizar o valor do jogador com a performance do jogador, o que permite contratar uma equipa que ao princípio ninguém daria nada mas que conjugados os jogadores e as condições de cada um poderia formar uma equipa óptima a nível de performance. 

o filme desconstrói.se sobre como o gestor de equipa billy beanes interpretado por brad pitt, descbriu este método e o aplicou totalmente a uma equipa apesar das dúvidas da indústria do basebol inteira. 

basebol. já vi algumas pessoas dizerem que isto é apenas para amantes de basebol. não concordo, mas admito que não é qualquer pessoa que se deixe interessar até ao fim pelo filme, mas a razão não será tanto por não se perceber de basebol ou não se ter uma grande relação com o mesmo, mas porque se trata da utilização do conceito que mencionei acima.

no entanto penso que o filme se poderá resumir em três pontos que considero fulcrais para uma pessoa decidir se deve ver ou não, ou se deve repensar a sua avaliação sobre o filme:

- primeiro, não nos vamos enganar. tem basebol, sim. é uma grande componente, sim. apresenta um modelo matemático que ficamos a pensar como é que aquilo existe e não percebemos como, sim. estes sim's levam às coisas mais interessantes do filme: aquele modelo existe e foi utilizado, a história é verídica e, tal como nós podemos estar cépticos, também toda a indústria estava; mas não sejamos limitados ao "americanismo", visto que o basebol é um desporto e tal como é utilizado aqui, até que ponto o modelo não se poderá expandir para outros desportos? penso que é importante considerar como estamos a evoluir de tal forma, que um computador poderá decidir qual a próxima equipa do barcelona por exemplo. se calhar estarei a divagar, mas se o processo se tornasse assim talvez os fluxos milionários do mundo do futebol diminuíssem. e, aqui surge o debate: se puséssemos optimizar os processos, será que o faríamos? onde é que está aquela "sorte" que o mundo do desporto nos traz, que inspira toda a adrenalina? como toda a indústria do basebol afirmava a billy beanes, é uma questão de instinto, experiência e dinheiro. 

- outro ponto extremamente importante é a prestação dos actores, especialmente brad pitt. tão credível, que pensaria efectivamente que ele tinha vivido pelo basebol. penso que este papel juntamente com o de tree of life, apesar de totalmente diferentes, retratam uma coisa que não nos podemos esquecer no cinema, um bom actor não faz só papéis dramáticos, em que só a personagem lhes dá 80% do fascínio e eles têm de estar à altura. existem pessoas normais e, também essas são diferentes da pessoa que o actor é na realidade. o exemplo de sandra bullock em "blind side" é um exemplo, uma personagem normal que fez um feito que até poderia ser considerado um cliché (essa foi a minha opinião), mas o seu papel fez o filme. devo acrescentar também, que foi curioso, interessante e até fiquei surpreendida pelo lendário de superbad, jonah hill ter feito um papel fora do seu género de preferência e tê.lo feito tão bem.

- por fim, há algo que todos os filmes com uma certa massificação tem de ter: uma emoção superior e humana que nos faz crer que efectivamente somos seres humanos com bons corações e bla bla. aqui o filme puxa acima de tudo ao espírito de acreditar e, até ao fim. pode correr mal, mas se quem tiver a ideia não acreditar nela até ao fim, o mais provável é que ela falhe. sem querer fazer nenhum spoiler fico por aqui. 

o filme estreia amanhã nos nossos cinemas. a minha nota final divide.se em 3 pelo enredo e 4 pela performance, por isso média aritmética e:

RATING: 3.5/5