origin of symmetry (2001)



álbum da semana

muse
origin of symmetry
2001

membros: matthew bellamy, chris wolstenholme e dominic howard.

1. new born
2. bliss
3. space dementia
4. hyper music
5. plug in baby
6. citizen erased
7. micro cuts
8. screenager
9. darkshines
10. feeling good
11. megalomania



claramente, o melhor cd de muse e penso que não estabelece qualquer tipo de dúvidas esta posição no pódio por entre fãs de muse (que cada vez mais apresenta uma range assustadora...). o albúm mais eléctrico, o mais puro e que mais se entranha naquilo a que se pode chamar de "corpo" (pelo menos, relativamente ao meu). acho que poderei dizer sem qualquer dúvida que é o meu albúm preferido e, por isso, é o primeiro nesta rubrica que quero criar do "album da semana" que tenta de certa forma estabelecer algum tipo de rotina nesta aleatoriedade de blog. 

recentemente tirado da setlist dos concertos de muse, devo dizer que foi como levar um soco no estômago. definitavemente dos melhores álbuns para se tocar ao vivo (plug in baby é para mim daquelas músicas que faz juz à existência do espectáculo a que todos assistimos chamado: concerto): com uma entrada da new born com a respectiva explosão de libertação da guitarra e da bateria especialmente, com uma bliss em tom futurista, uma plug in baby que faz juz à sua guitarra e, uma feeling good que é A melodia (e, considerada por muitos uma das melhores covers de sempre).

mas apesar de serem as mais conhecidas, que constam sempre nas setlists, não há nada como o dvd hullaballoo para reavivar o que é ver o rock violento, desmedido e experimental de muse. space dementia ataca.nos após a bliss em tom emotivo e de certa forma desesperante através do piano inicial descontrolado que introduz o  que virá a ser uma voz melódica e sufocante a exprimir tudo por detrás de "you make me sick because i adore you so" através do que matthew é perito em fazer: tornar gritos em melodia. segue.se a electricidade de muse em estado máximo aliado a um refrão estrondoso tudo menos comedido em hyper music, em tom mais "simpático" (considerando a linha ténue do termo simpático visto que o refrão entoa "you know that i don't love you and i never did"). 

passa.se pela plug in baby já anteriormente mencionada e segue.se para citizen erased: alinhada com a new born, exprime mais directamente o que de muse tem de melhor para mim (talvez até mais que as suas guitarras e a voz de matthew bellamy): o conteúdo das suas canções. apesar de termos por exemplo, músicas em que é claro o sentido pessoal da música, existem outras que apelam à vida em sociedade e, à medida que a banda evolui cada vez mais directo ao mundo político (não é por acaso que the resistance foi inspirado no 1984 de george orwell...). no entanto, em citizen erased reflecte.se a perspectiva de mattew bellamy como elemento de uma existência longe de estar completamente explicada e, que põe tudo em perspectiva e em questão. 

de seguida vem micro cuts que para mim é a demonstração perfeita da capacidade vocal de matthew bellamy através de falsettes inacreditáveis. passamos por screenager em tom calmo e melódico mas com uma letra de matthew bellamy mais poderosa que a própria melodia:

"Hide from the mirror, the cracks and the memories
Hide from your family, they won't know you now
For all the holes in our souls host no thrills"

dark shines aparece tímida no meio do line.up, seguida da famosa feeling good e acabando em megalomania, que aparece em tom parecido ao de space dementia, mas com uma letra estrondosa tal como o seu refrão, que corta toda a melodia, que quase que nos distrai com a sua calma a letra. encerro esta simples review com o que matthew bellamy comentou sobre esta música e que reflecte o pensamento crítico que este apresenta nas letras que escrever: 

"This is directed at what would be God, asking why we should go forth and multiply? What's the point?"

Sem comentários: