keep on your mean side (2003)




álbum da semana


the kills
keep on your mean side (2003)

members: alison mosshart and jamie hince

1. superstition
2. cat claw
3. pull a u
4. kissy kissy
5. fried my little brains
6. hand
7. hitched
8. black rooster
9. wait
10. fuck the people
11. monkey 23
12. gypsy death & you






em tom noticioso, avizinha.se hoje como álbum da semana, o sexy rock de keep on your mean side dos the kills, banda que foi hoje convocada para o alive 12!, figurando ao lado de nomes idílicos como radiohead e the cure. devo admitir que fiquei extasiada com a notícia, apesar de ser uma fã convicta deste álbum e uma desnaturada dos restantes da banda, penso que é uma boa adição aos festivais que passam por cá, que o ano passado tiveram o boom alternativo enough e este ano conseguiram trazer o underground do underground a terras lusas. 

a banda composta pela famosa vv, já um elemento presente do universo de jack white (especialmente devido à banda de quais ambos fazem parte, the dead weather) e a voz desconcertante e sedutora do single meds de placebo, ou mesmo, da sua participação especial num concerto de last shadow puppets em que cantou com miles kanes, o quente e melancólico paris summer;  e jamie hince, que devo admitir apenas conhecer pela banda e pela sua famosa esposa, kate moss. 

sem grandes análises, o álbum é uma conjuntura de garage rock em tom sexy e crú com rastreios de punk rock. a melhor forma de traduzir este misto, são as diversas e icónicas influências da banda, que variam entre a inspiração de pj harvey e patti smith em vv, velvet underground no instrumental e, a infinita e assombrante presença da constante comparação aos the white stripes pela crítica. no entanto, opiniões à parte, penso que esta comparação revela.se irrelevante, não só pelo impacto das influências, como pela irrelevância que considero existir da banda de jack white no som crú e rock dos the kills. 

superstition é um música de entrada convicta que irrompe com a guitarra de jamie hince a marcar o ritmo e, a voz de vv a aparecer não muito tempo depois com a sexyness do rock, mostrando acima de tudo a identidade da banda no pânorama musical.  cat claw, rock ritmado e viciante na convicção de ambos a gritaram o refrão "you got it, i want it!". 

de seguida pull a u reduz a velocidade e aumenta a intensidade com uma instrumental pesada que nos introduz para a atmosfera de kissy kissy, registando a influência clara de velvet underground (pede.se a cover de pale blue eyes para o encore no optimus alive). 

fried my little brains, recupera o ritmo do início do álbum com a bateria a dirigir as vozes de jamie e alison em uníssono. seguida de hand, em jeito de interlúdio, com uma espécie de chamada telefónica de vv.

e hitched devolve.nos a intensidade sexual da voz de vv acompanhada por jamie hince. seguem.se black rooster e wait, da ep black rooster lançada em 2002, em que é visível a diferença relativamente ao álbum, em que existe um maior investimento na intensidade instrumental. 

e começa a música que poderá ser elevada à categoria de hino: fuck the people. a agressividade da lírica punk com um garage rock combinado no que foi o primeiro single da banda. monkey 23 segue.se em tom repetitivo de dois versos, dando protagonismo ao instrumental pesado. 

e, por último, uma daquelas músicas que carregam no replay na nossa cabeça, simples e melódica o suficiente para acompanhar a voz sem interferir gypsy death & you, cantando "if that's the way that you feel, than that's the way that you feel".

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