vampire weekend (2008)

álbum da semana

vampire weekend
vampire weekend (2008)


membros: ezra koenig, chris tomson, chris baio e rostam batmanglij.


1. mansard roof
2. oxford comma
3. a-punk
4. cape cod kwassa kwassa 
5. m79
6. campus
7. bryn
8. one (blake's got a new face)
9. i stand corrected
10. walcott
11. the kids don't stand a chance






Vampire Weekend é uma banda nova iorquina criada em 2006 por alunos da universidade de Columbia, surgiu na onda indie da 1ª década do século XXI mas difere-se bastante do conceito indie mais comum pois pelas influências dos seus principais membros - Ezna Koenig e Chris Tomson - estas influências fizeram desta banda de rock uma mistura entre o ritmo vocal punk mas límpido e os instrumentais rock com batidas claramente africanas. Uma boa experiência para quem se gosta de mexer mas não aprecia a chamada dance music. 

Em 2008 lançaram o seu primeiro álbum, Vampire Weekend, que alcançou resultados ótimos tendo em conta a variedade de música indie lançada hoje em dia, não lançaram nenhum single apenas um EP muito pouco conhecido onde contém 3 das grandes músicas deste CD - Cape Cod Kwassa Kwassa, A-Punk e Oxford Comma - o que torna o sucesso do seu primeiro CD algo a ter ainda mais atenção. Esse sucesso continuou a ter frutos no seu segundo álbum de nome Contra.

O álbum começa com a música mais curta da lista, Mansard Roof, que foi a última música por eles tocada em muitos concertos, e que ótima maneira de terminar, letras com um vocabulário estranho e sofisticado e uma história banal mas um ritmo tão emotivo que nos põe um sorriso nos lábios e nos dá vontade de dançar alegremente, o que de resto é um sentimento presente em quase todas as suas músicas e também na sua presença em palco. De seguida pegam no ritmo africano e misturam com o pop rock americano, na minha opinião a Oxford Comma é a melhor música deles e a que melhor representa esta fusão. Com a A-Punk dão talvez a versão mais engraçada de punk que já ouvi, não punk pop, mas uma qualquer coisa sem definição com uma letra esquisita de um professor de inglês em Nova Iorque e penso que isso tenha bastante influência na sua escrita, uma voz estridente mas não forçada e uma mistura de sons que vão desde o punk de Gogol Bordello ao rock de BLK JKS. Em Cape Cod Kwassa Kwassa continua o ritmo pop “But this feel so unnatural, Peter Grabiel too” e os beats alegres que ainda não tinham sido tão bem conjugados na cena indie e este sentimento repete-se na M79. Em Campus aparentemente conta-se uma história simples de vida universitária americana com um ritmo mais pop rock seco, baterias e teclados que nos ficam na cabeça não apenas por serem simples mas por nos cativarem e isso repete-se em Bryn. A One (Blake’s got a new face) não muda o estilo das anteriores expressando a sintonia estranha que se confunde no electrónico beat. I Stand Corrected é talvez a música mais pessoal do álbum, mais calma, uma letra mais directa, daquelas que se usa para fazer uma pequena pausa no concerto. Por fim, nas duas últimas músicas é de notar uma espécie de mistica em volta de Cape Cod, um cabo bastante conhecido nos USA na Walcott finalizando o álbum com o que pode ser uma letra para as crianças a quem dá aulas, num ritmo calmo, a The Kids Don’t Stand a Chance.

Em jeito de conclusão importa referir que se nota que não é um álbum extremamente trabalhado a nível de variedade instrumental mas tem algo que ainda não tinha sido feito, originado no meio de uma cidade que não está muito relacionada com as bandas indie de sucesso neste momento, no meio de montes de bandas que já nem conseguimos destinguir criaram algo bastante engraçado que vale a pena ouvir.

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