Resumo do início de campanha para as europeias 2009
E, começaram as campanhas.
Observações gerais:
Será que alguém conhece algum candidato para além do querido Miguel Portas? A grande pergunta durante as campanhas de rua é essa, porque já nem pomos em questão: para que é que isso serve?, porque é mais que certo que não o saibam (salvo algumas excepções claro). Mais importante, a questão que se sobrepõe a esta campanha é só uma: em tempo de tanta descrença na classe política, de que partido somos realmente? As europeias servem quase como uma manobra de avaliação. Com tanta agitação e confusão, só chegamos a uma conclusão: ou sabemos em quem estamos a votar ou então votamos naquele que foi à nossa terra e perguntou-nos o que tínhamos. Sim, é curioso que há sempre montes de pessoas que para aparecerem felizes na televisão, são do partido do homem que está a proporcionar-lhes tal momento. Quando não há ninguém, não somos a favor de ninguém, somos contra o governo.
Mais meticulosamente...
PS - Bom movimento por parte de José Sócrates relativamente à sua união com Zapatero, uma manobra bastante dinâmica. Engraçado que todos os partidos defendem-se disto com 'Ele preocupa-se mais com Espanha do que com o próprio país!', é o apelo aquele típico complexo português de 'nós não fazemos parte de Espanha'. E, mais uma vez a tal questão, quem é Vital Moreira? Quem dá a cara é José Sócrates, aliás no vídeo comparando Vital Moreira e José Sócrates, questionem-se sobre o comportamento eleitoral de cada e sobre quem parece estar em campanha.
PSD - Paulo Rangel gesticula e fala e grita pelo seu nome na esperança de que alguém o oiça e lembre-se dele no momento de voto (o eleitor pode não conhecer nenhum e, ir pelo primeiro nome que venha a sua memória - isto se for votar é claro. o verão já vem aí e há coisas mais importantes para fazer). A campanha de Paulo Rangel é um reflexo do seu partido, um elemento que passa despercebido e, que ainda tem pulsação devido à marca. (Falta de um líder nas últimas gerações presidencias, dá nisso)
BE - Lá andam Miguel Portas e Francisco Louçã como os homens inteligentes amigos do povo, que sabem do que falam e, o seu discurso agrada ao povo. Os sorrisos está espelhado em Louçã, que tem tomado em força o BE como partido suplente. Tem razões para estar contente, sinceramente acho que o seu partido vai sair-se bem (dentro do que é para o BE sair-se bem) como a força de oposição ao governo a que todos querem pertencer.
PCP - Pregam o mesmo de sempre, o povo é o mesmo de sempre, a imagem de povo fraco e provenciano é uma imagem que está demasiado agarrado a este partido.
CDS/PP - Foram a ideia inicial para este post, mas decidi explorar mais. Eles sim, fizeram-me rir. Do resto, já tudo é esperado, mas este partido tão caladinho, decidiu explorar a imprevisibilidade. Nuno Melo, não se sabe muito bem quem é, um nome que já se ouviu, mas cuja cara não se lhe reconhece. É engraçado ver um partido tão à direita pedir por mais carinho social. Não sei, penso que estão a querer agarrar a moda de Sócrates 'se ele é de esquerda e age como a direita e está onde está, se calhar é uma estratégia a adoptar!'. Em tempo de crise, é sempre bom apelidar à irracionalidade, emoção, compaixão. Mas ao ponto de chegar ao partido mais à direita que é relevante, é ridiculo. No entanto, não é só no pedir a Sócrates para ir às ruas que eles se fazem de activistas sociais como neste vídeo:
Não! Eles ainda se queixam que os outros partidos gastam muito dinheiro em campanhas, que eles optam por uma campanha contida! Bem, não se devem recordar que aprovaram a nova lei de financiamento dos partidos políticos...
Observações gerais:
Será que alguém conhece algum candidato para além do querido Miguel Portas? A grande pergunta durante as campanhas de rua é essa, porque já nem pomos em questão: para que é que isso serve?, porque é mais que certo que não o saibam (salvo algumas excepções claro). Mais importante, a questão que se sobrepõe a esta campanha é só uma: em tempo de tanta descrença na classe política, de que partido somos realmente? As europeias servem quase como uma manobra de avaliação. Com tanta agitação e confusão, só chegamos a uma conclusão: ou sabemos em quem estamos a votar ou então votamos naquele que foi à nossa terra e perguntou-nos o que tínhamos. Sim, é curioso que há sempre montes de pessoas que para aparecerem felizes na televisão, são do partido do homem que está a proporcionar-lhes tal momento. Quando não há ninguém, não somos a favor de ninguém, somos contra o governo.
Mais meticulosamente...
PS - Bom movimento por parte de José Sócrates relativamente à sua união com Zapatero, uma manobra bastante dinâmica. Engraçado que todos os partidos defendem-se disto com 'Ele preocupa-se mais com Espanha do que com o próprio país!', é o apelo aquele típico complexo português de 'nós não fazemos parte de Espanha'. E, mais uma vez a tal questão, quem é Vital Moreira? Quem dá a cara é José Sócrates, aliás no vídeo comparando Vital Moreira e José Sócrates, questionem-se sobre o comportamento eleitoral de cada e sobre quem parece estar em campanha.
PSD - Paulo Rangel gesticula e fala e grita pelo seu nome na esperança de que alguém o oiça e lembre-se dele no momento de voto (o eleitor pode não conhecer nenhum e, ir pelo primeiro nome que venha a sua memória - isto se for votar é claro. o verão já vem aí e há coisas mais importantes para fazer). A campanha de Paulo Rangel é um reflexo do seu partido, um elemento que passa despercebido e, que ainda tem pulsação devido à marca. (Falta de um líder nas últimas gerações presidencias, dá nisso)
BE - Lá andam Miguel Portas e Francisco Louçã como os homens inteligentes amigos do povo, que sabem do que falam e, o seu discurso agrada ao povo. Os sorrisos está espelhado em Louçã, que tem tomado em força o BE como partido suplente. Tem razões para estar contente, sinceramente acho que o seu partido vai sair-se bem (dentro do que é para o BE sair-se bem) como a força de oposição ao governo a que todos querem pertencer.
PCP - Pregam o mesmo de sempre, o povo é o mesmo de sempre, a imagem de povo fraco e provenciano é uma imagem que está demasiado agarrado a este partido.
CDS/PP - Foram a ideia inicial para este post, mas decidi explorar mais. Eles sim, fizeram-me rir. Do resto, já tudo é esperado, mas este partido tão caladinho, decidiu explorar a imprevisibilidade. Nuno Melo, não se sabe muito bem quem é, um nome que já se ouviu, mas cuja cara não se lhe reconhece. É engraçado ver um partido tão à direita pedir por mais carinho social. Não sei, penso que estão a querer agarrar a moda de Sócrates 'se ele é de esquerda e age como a direita e está onde está, se calhar é uma estratégia a adoptar!'. Em tempo de crise, é sempre bom apelidar à irracionalidade, emoção, compaixão. Mas ao ponto de chegar ao partido mais à direita que é relevante, é ridiculo. No entanto, não é só no pedir a Sócrates para ir às ruas que eles se fazem de activistas sociais como neste vídeo:
Não! Eles ainda se queixam que os outros partidos gastam muito dinheiro em campanhas, que eles optam por uma campanha contida! Bem, não se devem recordar que aprovaram a nova lei de financiamento dos partidos políticos...
1 comentário:
A verdade é essa, não somos de ninguém, mas sim, efémeros!! lutadores contra o governo.
Mas olhando para os extremos, gosto de ver dum lado as recordações dos velhos anos 30/40(talvez em Portugal quando começou a industrialização, não me apetece pesquisar) dos aglomerados operários, das greves antes e pós 25 de abril, do outro as eternas praças, os mercados de rua, as feiras, aquele aparato onde conhecemos tudo e todos, onde o espaço parece ser pequeno mas a voz mesmo assim é elevada.
Claro que não gosto.
Pelo meio vamos tendo hipocrisia, burguesia, jogos de poder e persuasão e rotatividade.
Tudo isto é triste, tudo isto é fado.
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