favourite worst nightmare (2007)



álbum da semana
arctic monkeys
favourite worst nightmare (2007)

membros: alex turner, jamie cook, nick o'malley e matt helders.

1. brianstorm
2. teddy picker
3. d is for dangerous
4. balaclava
5. fluorescent adolescent
6. only ones who know
7. do me a favour
8. this house is a circus
9. if you were there, beware
10. the bad thing
11. old yellow bricks
12. 505



se há algo que a minha opinião pessoal permite dar de bom gosto a ouvir aos outros é um, pelo menos, dos 5 melhores álbuns da “cena” britânica nos últimos 30 anos. são sempre opiniões e gostos nada há a fazer.

a explicação para tal?
quando se começa a ouvir um álbum que só nas primeiras 5 músicas, isto se ainda tivermos folêgo a meio, nos deixa agarrados ao som e quando olhamos para os pés temos já a sensação de cansaço sem nos termos apercebido do quanto nos mexermos.. é porque esse álbum promete.. se isto é exagerado, eu acho que não.
todo o sex appeal da letra da primeira música, brianstorm, sempre com um vocabulário de louvar misturado com a melodia rápida, suja mas bem produzida, foi o 1º single da banda, o com maior sucesso talvez, mas não o melhor penso eu, tendo ainda uma referência para a participação de dizzee rascal na "temptation greets you like your naughty friend". 


já respiraste? talvez não o suficiente para gritar “so let’s have a game on the teddy picker, not quick enough can i have it quicker? already thick and you are getting thicker”, esta música (teddy picker) foi o último single lançado pela banda neste cd e confesso que não o ouvi as vezes suficientes. de seguida damos de caras com a música que faz jus ao nome do álbum (d is for dangerous), toda a letra continua naquela melodia louca de impressionar qualquer um de como consegue ele dizer tanto tão rápido e com um vocabulário tão extenso? é o alex turner... lamento a todos os cépticos mas já ficou para a história!


de seguida, sem descansar passa para uma das suas melhores músicas, a balaclava, não há muito a dizer, a sua letra confusa e complexa, o ritmo alucinante e um desfecho fenomenal.. “sorry sweetheart i much rather keep on the balaclavapretty intense


para matar o início acaba com a fluorescent adolescent, confesso não das minhas preferidas após tantas reproduções, não será pela letra que vem muito a jeito do que ele fez na maioria do álbum, sempre com versos quentes, muitas vezes infantis mas com um toque mordaz a rebeldia sem nunca esquecer aquele vocabulário! esta música foi também um single com bastante êxito deste álbum, juntando duas músicas dele com o miles kane, a "the bakery" e a "plastic trump" e ainda a "too much to ask", especial atenção para a "plastic trump" que não se assemelha muito, na minha opinião, ao resto do álbum, parecendo um pouco mais sombria mas muito bem conseguida na minha opinião. 


e só agora se descansa, in a foreign place, é the only one who knows que nos embala num som melancólico como que a ressaca da folia das 5 músicas na noite anterior, talvez um toque mais pessoal comparando-se depois ao seu trabalho em "submarine". mas esqueçam: de seguida do me a favour deixa claro que não são meninos e num tom frio, tanto musical como na letra, algo que eles conjugam de forma excepcional, tornam esta música um mistério para mim, porque a gosto de ouvir qualquer que seja o meu estado de espírito. 


a partir daqui não se volta em pleno ao início estonteante do álbum em termos de melodia mas esta em conjunto com as letras ficam mais frias, algo mais pesado, isto é, enquanto ele canta o instrumental não se intromete tanto, floreando depois as partes sem voz, mudando o ritmo e fazendo-nos esperar pelo momento de baixar a cabeça e começarmos a dançar. esta descrição serve para a this house is a circus, uma música para rebentarmos com a casa e a if you were there, beware. Após estas duas músicas voltamos à perversidade lírica em do the bad thing e finalizamos com a old yellow bricks, que podia fazer parte do primeiro álbum por toda a sua música. 


mas falta uma. confesso, a minha preferida, 505, o órgão tocado pelo alex com os acordes trazidos do filme "the good the bad and the ugly" e com o miles kane na guitarra, uma das letras mais bonitas que li dele.

como não pode ser isto um álbum magnifico e completo? em que nada parece estar a mais. lançado em 2007 e ainda não me cansei de o ouvir.

*

(poderá se dizer que fica aqui então a participação especial de um dos bloggers do arctic monkeys portugal, que espero eu, seja mais frequente que um ou dois posts no início deste blog e agora este que temos o prazer de ler. obrigado, (sr.) ricardo ribeiro.)

Sem comentários: