juntamente com a inocencia dos teus pensamentos infantis
sinto.me a prostituta que sempre quis ser
o sangue frio corre.me finalmente nas veias que fervilham a cada temperamento sexual
apenas isso
nada mais que hormonas estaticas a entrarem em erupcoes sanguineas
tudo o que uma cinderela dos tempos modernos deve sentir
aquele sapato solto em plena noite representante de uma emocao morta
que se fingiu pelo prazer carnal de uma noite bem passada
ou simplesmente de um conforto emprestado
cujo fluxo de troca foi falso em todos os aspectos
excepto no desejo
no desejo de outra pessoa
na presenca daquela pessoa que foi a unica que ficou de um turbilhao inteiro
de repente, aqueles labios a beijarem os seus sao apenas o tacto de uma memoria
de uma saudade
mas aqueles ombros nao sao os ombros largos e apaixonados que um dia agarrou
em jornadas de prazer e realmente amor
quando a paixao nao precisava de ser fingida
porque era realmente sentida
agora os seus caracois sao memorias destes dedos
sao lagrimas destes olhos que choram uma escolha de vida
nao de paixao ou desconexao
como numa vida de prostituta
o prazer vem como o sangue que um vampiro precisa de sugar
o amor vem em forma de lagrima de lembranca de uma escolha
como mulher desta vida
as noites sao os meus dias
o meu cafe absorve a minha dormencia preguicosa
e todo aquele teatro que monto
e apenas uma encenacao mal produzida
cujo papel principal e demasiado complexo para qualquer actor
que nao seja a verdadeira personagem.
1 comentário:
n perdeste o jeito *
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