Achei por bem que devia fazer um discurso sobre a minha posição relativamente à carcaça.
O bom português adora a carcaça, não há exemplo melhor que um homem barrigudo de cerveja na boca e uma migalhinha no bigode. Migalha? Claro, cerveja é com um bifana ou corato na outra mão.
Mas não, não é este imagem que me revolta contra a carcaça.
A carcaça tem outra coisa engraçada, olhamos para aqui para este palavra carcaça, e o que parece que está escrito? Carraça. A sério, aquelas coisinhas nojentas que não queremos nunca apanhar e, que se agarram aos nossos queridos cães (que também não tenho).
Mas não, não são estas imagens que estragam o pão querido dos portugueses.
A carcaça como disse no twitter é... Seca. Comecemos por ai.
Acho que podíamos até nos EUA processar os produtores de carcaças pela característica inerente da carcaça nos dar vontade de beber alguma coisa como acompanhamento.
É mesmo verdade. Processa-se o mcdonalds porque dá vontade de comer mais (enquanto que as galinhas são maltratadas e mortas em processos tortuosos e ninguém consegue meter mão naquilo). Processa-se a Janet Jackson porque lhe cai uma parte da roupa.
Então e a carcaça? A carcaça subtilmente leva-nos a comprar bebidas, só para nos satisfazermos com ela. É a mesma coisa que pedir uma lapdance. Se queres que seja boa no tempo todo que estão ao teu colo, é melhor pores sempre dinheiro a entrar (nas cuecas, claro).
Mas a carcaça é o nosso querido pão de cada dia.
Não é só. A carcaça é destrutiva. Corrompe a preguiça mais crónica naquele dia solarengo, quando damos uma dentada e damos por nós a ser afogados em migalhas. Mas está calor, a bebida já veio logo a acompanhar a carcaça, por isso não, não nos levantamos. Ai está. A preguiça corrompe a nossa higiene: suja o nosso chão, as nossas roupas, os bigodes mais apurados!
E corrompe a alma! Quem não se enerva quando vai dormir, ou simplesmente deitar-se na cama ou no sofá e, aquela migalha metediça, ficou dentro do nosso decote, ou entao está a picar-nos porque estamos com menos roupa. E o que fazemos? Sacudimos para o chão. E mais uma vez, tornamo-nos uns porcos pouco assumidos. Mas não, não acaba aqui. Porque ainda há mais uma migalha espalhada pela cama, que não encontramos que já quase nos faz tirar os lençóis da cama, ou mais simples, faz-nos preferir estar de pé.
A carcaça é porca. É a mosca dos pães.
Por isso, eu assumo. Eu odeio carcaças.

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